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De acordo com dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), os gastos globais em Internet das Coisas (IoT) devem chegar a US$ 1,2 trilhão em 2022. No Brasil, o investimento na tecnologia também será considerável, alcançando R$ 1 trilhão até 2025, impulsionado principalmente pelo setor financeiro. A IoT no setor mudou a forma como os consumidores se relacionam com os bancos, conforme explicam os especialistas ouvidos no primeiro episódio da segunda temporada do podcast “O Futuro do Dinheiro”, produção do InfraDigital.

Neste programa, Pietro Colloca, gerente técnico da Intel, explica que os caixas eletrônicos (ATM) são o melhor exemplo de uso de Internet das Coisas no setor bancário. As empresas que gerenciam o numerário (volume de dinheiro) nos ATMs recebem informações em tempo real sobre quantas notas tem em cada caixa, sendo avisada caso um deles esgote para que tome uma ação, se necessário.

Matheus Marcondes Neto, especialista da Diebold Nixdorf, empresa que fabrica ATMs, comenta que isso só é possível graças à IoT, trabalhando em conjunto com diversas tecnologias. Os equipamentos da companhia, por exemplo, contam com um processador da Intel para gerenciar os dados que os sensores capturam e enviar para a nuvem que, a partir de inteligência artificial, vai transformar os dados em informações e enviar de volta para ser tomada uma decisão no caixa eletrônico.

Assim, é possível que um ATM possa reutilizar cédulas que antes eram consideradas inutilizadas por causa de algum dano pequeno. Além disso, os caixas eletrônicos mais recentes já permitem o depósito de dinheiro sem a necessidade de envelope, com a conferência feita diretamente pela máquina e caindo na conta em sequência.

“A relação entre banco e cliente mudou com a IoT”, afirma Pietro Colloca, da Intel. Ele diz que, como o setor bancário gera muitos dados, que podem gerar informações para a tomada de decisão, fica fácil para o setor financeiro recomendar produtos através de inteligência artificial e IoT.

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